25 To Live - Grave Digger



A capa é uma das mais bonitas do Grave Digger até hoje, com a famosa mascote em destaque (a “morte” – que nos shows é representada pelo tecladista Hans Peter Katzenburg) mas o encarte é bem simples, trazendo apenas algumas fotos da apresentação e informações técnicas. Já que este é um álbum em comemoração aos 25 anos de estrada, bem que poderiam ter caprichado um pouco mais com uma mini-biografia ou um depoimento do vocalista e líder Chris Boltendahl, único remanescente da formação original. Mas quem se interessar pela história dos caras ainda tem a opção de comprar o livro com toda a biografia do Grave Digger pelo site oficial. Infelizmente ele está disponível apenas em alemão.
É interessante notar que as fotos do encarte mostram alguns ângulos do DirecTV Music Hall que fazem ele parecer muito maior do que de fato é. Na verdade, o DirecTV (que agora mudou de nome e se chama Citibank Hall) é uma das menores casas da cidade atrás dos famosos Via Funchal, Olympia e Credicard Hall. De qualquer forma, é um espaço muito aconchegante onde todos ficam relativamente próximos ao palco e com uma ótima acústica, o que refletiu positivamente nos CDs: a qualidade de som está excelente, superior a qualquer registro ao vivo que tenha sido lançado pelos alemães antes.

Se no encarte, não temos nada de mais, o grande destaque de “25 To Live” vai mesmo para o ‘setlist’ da apresentação com incríveis 26 músicas (sem contar a introdução “Passion”) que abrangem toda a carreira do Grave Digger com pelo menos uma faixa de cada álbum (com exceção do “glam”, “Stronger Than Ever”). Então os fãs que não estiveram presentes naquela noite histórica em São Paulo podem esperar eternos clássicos como “Rebellion” e “Heavy Metal Breakdown”, mas também músicas menos conhecidas que não eram tocadas há anos (ou décadas) como é o caso de “Shoot Her Down” (do EP de mesmo nome de 1984) e “Paradise” (do subestimado “War Games” de 1986).

Todas as composições são executadas com perfeição (e alguns ‘overdubs’ – é verdade), e a reação do público justifica porque a banda escolheu o Brasil para gravar em suas bodas de prata. Os destaques vão para a nova “The Last Supper” que mal tinha sido lançada e já era cantada em uníssono por todos no show, “Excalibur” e a eterna “Rebellion” que tem seu famoso começo levado totalmente pelos fãs.

O fã mais chato pode até dizer que faltaram algumas músicas (“Scotland United” e “Lionheart” vêm logo à cabeça), mas dentro de um universo tão grande de opções e com a idéia de tocar pelo menos uma composição de cada disco, a escolha das 26 faixas foi muito bem feita.

No geral temos um ótimo álbum refletindo bem a garra dos alemães e a animação do público, mas infelizmente inferior à apresentação em 2003 (em termos de agitação dos fãs, não obviamente do set que foi único e bem mais completo) na turnê do “Rheingold” quando Chris disse com todas as letras que éramos mais barulhentos que as 10.000 pessoas presentes no Wacken Open Air (onde a banda gravou o primeiro registro ao vivo alguns anos antes). Esse show histórico foi inclusive o responsável pelos caras optarem pelo Brasil para a comemoração de aniversário dos 25 anos.

Se você ainda não conhece o trabalho do Grave Digger, essa pode ser uma boa oportunidade de ter um primeiro contato com a competência da banda. E para quem já conhece do que esses alemães são capazes, não preciso nem dizer que este é um registro obrigatório certo? Especialmente porque “25 To Live” já saiu em versão nacional e por um preço bem camarada para um CD duplo.



Fonte: Resenha - 25 To Live - Grave Digger http://whiplash.net/materias/cds/028500-gravedigger.html#ixzz3BMuJy2AU
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Autor Mayumi Ohasi

Mayumi Correa Ohasi, nasceu em 10 de março de 1996 na cidade de Himeji-Japão. Começou faculdade de Designer Gráfico mas trancou no 2° semestre. Administradora do site Mayumi Ohasi e HM Rock Reviews.

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