Powerslave - Iron Maiden



Recheado de clássicos, o quinto álbum do IRON MAIDEN possui músicas mais diretas que seu antecessor, mas não menos complexas e o entrosamento dos músicos beira a perfeição, que pela primeira vez repetem a formação em mais de um disco.



A capa também é um destaque, sendo considerada umas das mais belas da história do Heavy Metal. A arte mais uma vez criada por Derek Riggs, retrata uma temática relativa ao antigo Egito, tema abordado na faixa título.

"Aces High" tem a missão de abrir o disco e não decepciona, pelo contrário, ela é ainda hoje, depois de outros dez álbuns lançados, considerada a melhor faixa de abertura em discos do Maiden. Trata-se de uma música impactante que ficou encarregada de abrir os shows da turnê "World Slavery Tour" após a famosa intro Churchill's Speech. Com sua levada bem característica da banda, com riffs fortes, solos impecáveis e o baixo cavalgado de Harris, "Aces High" mostra a linha pesada que a banda adotaria no restante do álbum. A letra relata batalhas aéreas durante a "Segunda Guerra Mundial".

Na sequência já temos o maior clássico do disco, "2 Minutes to Midnight". Com seu riff matador, a canção mostra um típico Heavy Metal tradicional muito bem executado. Impossível destacar algum aspecto dessa música, pois ela é perfeita num todo. Da simplicidade de suas levadas ao refrão bombástico, para ser cantado em uníssono nos shows da banda. A temática desta faixa retrata a ameaça de uma guerra nuclear na época. Se pudesse descrever essa música em uma palavra seria feeling.

"Losfer Words (Big' Orra)" é uma faixa instrumental que mostra exatamente o padrão utilizado na composição do disco. Levadas características, baixo galopante, solos extremamente bem colocados e melodiosos, riffs certeiros e uma bateria precisa e muito bem entrosada com o baixo.

A parte menos famosa do disco (que conta com três faixas), mas não menos qualificada inicia com "Flash of the Blade", uma faixa bastante diferente do que se costuma ouvir da Donzela, mas isso não quer dizer que seja ruim, pelo contrário, seus riffs são empolgantes e a interpretação do Bruce Dickinson, especialmente no refrão, é incrível.

"The Dueslist" mantém o ritmo empolgante, mostrando a capacidade da banda conciliar riffs e melodias marcantes sem perder o peso. O entrosamento da banda torna-se escancarado nessa música. Avance até 1 minuto e 50 segundos de música e veja sobre o que estou falando.

"Back in the Village" da sequência ao tema adotado na faixa "The Prisioner", do álbum "The Number of the Beast". Uma música bastante rápida e novamente com riffs diferentes da característica da banda, que mostra a capacidade técnica de Steve Harris. O músico toca numa velocidade tão absurda que é quase impossível imaginar que comande as quatro cordas apenas com os dedos. Mais uma vez a banda dá uma aula de Heavy Metal.

Reservadas para o final do disco estão duas músicas que, na minha opinião, são as duas melhores canções da banda. Parece que a banda pegou peso, feeling, inteligência, jogou num liquidificador e dali saiu a canção "Powerslave". A faixa título possuí os melhores riffs do disco e o melhor solo da carreira da banda, onde guitarra e baixo interagem de uma forma tão impressionante que me emociono toda vez que escuto. Quer entender o que estou falando? Avance até 2 minutos e 55 segundos de música. Indescritível! A letra carrega a temática da arte de capa do disco e retrata os últimos momentos de vida de um faraó e as reflexões que ele faz sobre a vida e a morte.

Por fim, a melhor e mais longa canção da história da banda. "Rime of the Ancient Mariner" é uma música de 13 minutos e 35 segundos que não se torna cansativa em nenhum momento, com todas as suas variações e mudanças de ritmo. Uma música épica, pesada e com uma letra incrível, baseada no poema homônimo de Samuel Taylor Coleridge. A bateria e o baixo são tão bem entrosados que fica difícil acreditar que Harris e McBrain tocavam juntos há pouco mais de 2 anos. As partes narradas da canção criam um clima verdadeiramente macabro, deixando-a ainda mais interessante. No final a música ganha velocidade e os solos são muito bem colocados. Muitos consideram essa faixa cansativa, mas com certeza essas pessoas não devem ter dado a devida atenção aos detalhes da música, a atenção que ela de fato merece ao ser ouvida.

Para muitos fãs este é considerado um dos, senão o melhor álbum do IRON MAIDEN, mas o que é inegável é seu peso e qualidade, independente de opiniões pessoais. Após esse disco a banda saiu na maior turnê da banda até então, a "World Slavery Tour", que resultou na primeira vinda da banda ao Brasil e no clássico álbum ao vivo "Live After Death".
Não diria que este é o álbum que melhor representa o som da banda, pois ele possui algumas características bem distintas do restante da discografia da Donzela, mas, indiscutivelmente esta poderia ser uma obra para apresentar o que é o Heavy Metal para um leigo.

Curta "Powerslave" e torne-se um escravo do poder da banda.

Curiosidades:
- A música "Aces High" deu origem ao apelido dado a Bruce Dickinson pelos fãs: "Mr. Air Raid Siren";
- Na turnê de "Powerslave", pela primeira vez o Iron Maiden passou pelo Brasil, apresentando-se no Rock in Rio I;
- Muitas músicas deste disco foram regravadas por diversas bandas: "Powerslave" (TESTAMENT, ANCIENT WISDOM, DARKANE), "Rime of the Ancient Mariner" (OPERA IX), "2 Minutes to Midnight" (DECEASED, PRIMAL FEAR, GLAMOUR OF THE KILL), "Aces High" (ARCH ENEMY, CHILDREN OF BODOM, ELETRIC FRANKENSTEIN, NOIZART);

Powerslave – IRON MAIDEN (1984 – EMI)

Track List:
1 - Aces High
2 - 2 Minutes to Midnight
3 - Losfer Words (Big' Orra)
4 - Flash of the Blade
5 - The Duellists
6 - Back in the Village
7 - Powerslave
8 - Rime of the Ancient Mariner



Fonte: Resenha - Powerslave - Iron Maiden http://whiplash.net/materias/cds/184098-ironmaiden.html#ixzz2ad26uMRP
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Autor Hm Rock Reviews

Mayumi Correa Ohasi, nasceu em 10 de março de 1996 na cidade de Himeji-Japão. Começou faculdade de Designer Gráfico mas trancou no 2° semestre. Administradora do site Mayumi Ohasi e HM Rock Reviews.

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