Além de mencionar o Sabbath, o vocalista dos Arctic Monkeys também listou Outkast e Aaliyah como referências para "AM", o que coloca o R&B no caldeirão sonoro do grupo e estende sua atuação para um novo (e arriscado) território. Gosto muito de bandas que se arriscam fora de sua zona de conforto, de verdade. Mas, honestamente, o quarteto não consegue executar plenamente o que promete neste quesito. E até que eles tentam bem, se esforçam de verdade – como mostra o baixão black e chapado de "Why Do You Only Call Me When You're High", canção que tem um dos títulos mais divertidos do ano, mas que tenta, tenta, tenta e simplesmente não decola. "No. 1 Party Anthem" até que tenta te conquistar com seu pianinho sacana, herdado das melhores baladas de Lionel Richie, mas falha no meio do caminho. E "Snap Out of It" até que te faz bater o pézinho com sua vibração dançante, mas não chega a ter a energia contagiante do inteligente e divertido disco recém-lançado pelo Franz Ferdinand, por exemplo. Falta gás. Falta pique. Falta dar aquele salto que faz uma música sair do "música bacana", do tipo flat, para "música BEM legal", do tipo que não vai sair da sua playlist pelas próximas semanas.
Num ano de grandes discos vindos da Terra da Rainha, os Arctic Monkeys chegam com um álbum que é apenas metade bom. E isso é apenas metade do que eles poderiam oferecer. E metade do que os fãs esperariam da banda.
(Resenha - AM - Arctic Monkeys) http://whiplash.net/materias/cds/192718-arcticmonkeys.html#ixzz3iSFC3HkW
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