Draw the Line - Aerosmith



Mas o sucesso também trouxe consequências negativas ao Aerosmith. Os músicos, especialmente, Steven Tyler e Joe Perry, estavam se afundando cada vez mais em drogas. Houve também um enorme desgaste com as incessantes turnês. Esses fatores passaram a influenciar no processo criativo da banda – ainda mais se considerar que os principais compositores eram os que estavam passando por problemas mais notáveis.
Nessa conjuntura, nasceu Draw The Line, que foi lançado há exatos 35 anos. O álbum foi gravado em um convento abandonado nas proximidades da cidade de Nova Iorque, provavelmente para inspirar os músicos. A influência de Blues pipoca de várias formas nesse trabalho.
A faixa título abre os trabalhos chutando o balde. Hardão com um pé no Blues, riff conduzido por guitarra com slide, instrumental bem tocado e boa apresentação de Steven Tyler. Mais cadenciada, “I Wanna Know Why” é Rock n’ Roll puro, com direito a um piano safado trabalha em plano de fundo na canção. “Critical Mass” é totalmente Bluesy – solos de gaita, riffs de guitarra e cozinha completamente feijão-com-arroz, com alguns momentos de destaque para o baixo de Tom Hamilton.
“Get It Up” tem a essência Aerosmith. Tyler tem boa performance vocal aqui. “Bright Light Fright”, cantada por Joe Perry, parece ter tido uma produção sonora pior que as outras – mas ainda assim é uma boa música, com batida rápida e a voz rasgada do guitarrista. “Kings And Queens” é a mais melódica do trabalho. Um dos destaques, diga-se de passagem. O solo de guitarra simplesmente épico de Brad Whitford merece uma menção honrosa.
“The Hand That Feeds” é divertida e sorrateira. Recupera o clima Bluesy das faixas anteriores. Completamente Rock n’ Roll, “Sight For Sore Eyes” também se destaca bastante. Ótima canção. A incrível releitura para o clássico de Kokomo Arnold, “Milk Cow Blues”, encerra o registro com classe.
Draw The Line não se destacou em suas vendas – foi considerado uma decepção se comparado aos antecessores Toys In The Attic e Rocks. E há uma justificativa relevante: todas as músicas são boas, mas nenhuma além da faixa título é realmente marcante.
A falta de inspiração em alguns momentos levou a banda a apostar na influência do Blues, por ser uma espécie de “lugar comum” ou “tiro certo”. Mas exagerou em alguns pontos. Mesmo assim, Draw The Line está acima da média e é um bom trabalho. Completa 35 anos de pouca atenção por parte dos fãs e da crítica. Talvez por ser neutro demais: não agradar demais, nem desagradar de fato.


Fonte: Resenha - Draw The Line - Aerosmith http://whiplash.net/materias/cds/168935-aerosmith.html#ixzz2bUIZKl3m
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Autor Hm Rock Reviews

Mayumi Correa Ohasi, nasceu em 10 de março de 1996 na cidade de Himeji-Japão. Começou faculdade de Designer Gráfico mas trancou no 2° semestre. Administradora do site Mayumi Ohasi e HM Rock Reviews.

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